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sábado, 23 de junho de 2012

O VERDADEIRO AMOR





Um professor encontrou-se com um grupo de jovens que falava contra o casamento.
 Argumentavam...o que mantém um casal é o romantismo e que é preferível acabar com a relação quando este se apaga, em vez de se submeter à triste monotonia do matrimônio.
 O mestre disse que respeitava a opinião, mas lhes contou a seguinte história:
 “Meus pais viveram 55 anos casados. Numa manhã minha mãe descia as escadas para preparar o café e sofreu um enfarto.
 Meu pai correu até ela, levantou-a como pôde e quase se arrastando a levou até à caminhonete.
 Dirigiu com toda velocidade até o hospital, mas quando chegou, infelizmente ela já estava morta.
 Durante o velório, meu pai não falou.
 Ficava o tempo todo olhando para o nada. Quase não chorou. Eu e meus irmãos tentamos, em vão, quebrar a nostalgia recordando momentos engraçados.
 Na hora do sepultamento, papai, já mais calmo, passou a mão sobre o caixão e falou com sentida emoção: “- Meus filhos, foram 55 bons anos…Ninguém pode falar do amor verdadeiro se não tem idéia do que é compartilhar a vida com alguém por tanto tempo.”
 Fez uma pausa, enxugou as lágrimas e continuou: “- Ela e eu estivemos juntos em muitas crises.
 Mudei de emprego, renovamos toda a mobília quando vendemos a casa e mudamos de cidade.
 Compartilhamos a alegria de ver nossos filhos concluírem a faculdade, choramos um ao lado do outro quando entes queridos partiam. Oramos juntos na sala de espera de alguns hospitais, nos apoiamos na hora da dor e perdoamos nossos erros. 
 Filhos, agora ela se foi e estou contente. E vocês sabem porque? Porque ela se foi antes de
mim e não teve que viver a agonia e a dor de me enterrar, de ficar só depois da minha partida. Sou eu que vou passar por essa situação, e agradeço a Deus por isso. Eu a amo tanto que não gostaria que sofresse assim… “
 Quando meu pai terminou de falar, meus irmãos e eu estávamos com os rostos cobertos de lágrimas. Nós o abraçamos e ele nos consolava, dizendo: “Está tudo bem, meus filhos, podemos ir para casa.”
 E, por fim, o professor concluiu: Naquele dia entendi o que é o verdadeiro amor. Está muito além do romantismo, e não tem a ver com o erotismo, mas se vincula ao trabalho e ao cuidado a que se professam duas pessoas realmente comprometidas.
Quando o mestre terminou de falar, os jovens universitários não puderam argumentar.
 Pois esse tipo de amor era algo que não conheciam.
 O verdadeiro amor se revela nos pequenos gestos, no dia-a-dia e por todos os dias.
 O verdadeiro amor não é egoísta, não é presunçoso, nem alimenta o desejo de posse sobre a pessoa amada e tão pouco joga na cara as coisas boas que um fez para o outro.
 “Quem caminha sozinho pode até chegar mais rápido, mas aquele que vai acompanhado com certeza chegará mais longe e terá a indescritível alegria de compartilhar, alegria esta que a solidão nega a todos que a possuem…”

Um comentário:

Delta (Δ) disse...

q lindo.. adorei a historia!!!

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