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quarta-feira, 30 de maio de 2012

A real história do vestido de noiva

Ao longo da história, o vestido de noiva foi experimentando diversas formas, cores e feitios. Na Roma antiga, os vestidos de noiva eram um elemento central no ritual religioso e no Egipto o branco era a cor base de quase todas as cerimónias. Na idade média, os bordados predominavam nos vestidos de casamento da nobreza. No entanto, foi a partir do século XIX que os vestidos de noiva ganharam significado e simbolismo.


O branco foi impulsionado pela Rainha Vitória como nova tendência, embora só se tenha popularizado a partir do século XX. 
A tradição do vestido de noiva branco começou no século XIX quando a rainha Vitória escolheu um modelo de cetim branco debruado de flores de laranjeira. A tendência espalhou-se rapidamente pela nobreza e pelas mulheres de classe alta. No entanto, a maioria ainda preferia vestidos coloridos, que poderiam ser usados noutras ocasiões.




Somente na década de 20 o vestido de noiva passou a ter a conotação que conhecemos hoje e o branco passou a ser a cor padrão. Ironicamente, esse foi o período que as mulheres começaram a lutar por direitos iguais e a moda sofreu mudanças drásticas, mas a peça tornou-se símbolo da pureza e do ideal romântico do casamento. Até hoje, todos os convidados querem saber como a noiva está vestida e quem criou o seu vestido. Durante décadas, os desfiles de alta-costura terminavam com apresentação de vestidos de noiva e este era sempre o ponto alto. 



Não é à toa que alguns vestidos de noiva se tornaram referência para a moda de uma época. Se a rainha Vitória lançou uma tendência no século XIX, a sua bisneta Elizabeth surpreendeu tudo e todos com um dos vestidos considerados mais bonito quando se casou com Phillip Mountbatten, em 1947, usando um modelo de Norman Hartnell, costureiro oficial da corte inglesa. 


Quatro décadas depois, em 1981, Lady Diana no seu casamento com o príncipe Charles usou um dos vestidos mais emblemáticos do século, tendo-se tornado um icone na história de moda dos vestidos. As mangas em balão e o véu com todo aquele comprimento inspiraram as mulheres que desejavam que o seu casamento fosse semelhante a um conto de fadas. 




Em 1956, o vestido de casamento de Grace Kelly com o príncipe Rainier de Mónaco, em que a atriz foi considerada uma das noivas mais bonitas de sempre, continua a ser referência de moda e apontado como um dos vestidos mais bonitos.



Alguns anos antes, em 1953, do lado oposto do Atlântico, outro ícone de estilo casava-se com o futuro presidente do EUA. Jacqueline Bouvier Kennedy escolheu um vestido com os ombros à mostra, de uma estilista pouco conhecida, chamada Anne Lowe. Para o seu segundo casamento, com Aristóteles Onassis, em 68, Jackie usou um vestido criado por Valentino. Em 1996, sua nora, Carolyn Bessette, trouxe Narciso Rodriguez para o mapa da moda quando vestiu um dos seus modelos minimalistas no seu casamento com John Kennedy Jr.




Na decada de 2000 Katie Holmes foi vestida por Giorgio Armani para unir-se a Tom Cruise. Outros exemplos poderiam ser dados. No entanto, a verdade é que vestido de noiva será sempre um clássico da moda, já que representa um dos dias mais importantes da vida de uma mulher.


Marco importante:

1910 começa-se a usar o branco, não como sinónimo de pureza, mas como expressão de riqueza.




Uma década mais tarde, as noivas libertaram-se e começam a mostrar as pernas com vestidos de linha recta. É o auge do veludo branco.



Em 1930 revive-se o estilo victoriano com mangas em balão e linhas lânguidas. 


Foi nos dourados anos 50 que a moda tinha o selo Christian Dior. O glamor, a fantasia, e o luxo desenfreado inspiraram o traje das noivas. 


Na década dos anos 60 viveu-se uma autentica revolução sexual. As mini-saias estiveram na moda nupcial. Flores naturais nos longos cabelos e véus mais curtos.


Em 1970 os casamentos recuperaram a sua importância e em 1980 o traje que simbolizava a riqueza da época era o de Lady Di.


Hoje em dia, os vestidos de casamentos deixam-se influenciar por diferentes correntes, ditadas por estilistas que buscam a sua inspiração nas passarelas de alta costura de Nova York e Paris. 


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